Sobre o programa

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Ansiedade, estresse e esgotamento

Todos se sentem estressados, esgotados em um determinado momento da vida. Muitos falam que são pessoas normalmente ansiosas, até aquelas que aparentemente são apáticas ao questionar sobre o que pensam de si, elas não titubeiam em dizer: me acho ansiosa...quero tudo certinho...Tem hora que isso incomoda, parece que todo mundo se acha assim, parece estar na moda falar que está estressado, é ansioso e tal. Na verdade o estresse é uma ocorrência biológica, fisiológica normal no reino animal. 

Do ponto de vista físico, emocional, o estresse aparece quando o organismo é submetido a uma nova situação como por ex: uma cirurgia, traumatismos, infecção. Do ponto de vista psicoemocional, o estresse surge quando a pessoa se encontra diante de uma situação entendida como geradora de insegurança ou de ameaça. De qualquer maneira, de imediato percebemos que nosso corpo está diferente...sensações novas estamos vivenciando. Nosso corpo nos fala, e de acordo com esta escrita corporal veremos a situação. Tudo isto é uma transformação, ou melhor, um desequilíbrio hormonal dado por novas conexões neurofisiológicas do sistema nervoso central. Substâncias químicas diferentes à aquelas quando nosso corpo está somente em vigília agora são predominantes. Invadem nosso corpo e "mexem" com as estruturas viscerais (órgãos). 

Nosso comportamento agora está alterado e diante de tais situações, muitas vezes tendo em risco nossa sobrevivência, somos capazes de executar tal tarefa que posteriormente analisada não imaginaríamos tal feito. Bom, concluindo o feito e posteriormente analisando a situação, enxergamos aquele contexto de outra maneira. Uma maneira mais lúcida, racional. Mal sabemos o quão ansiosos ficamos para concluir com êxito a situação. Ansiedade foi o reflexo emocional do estresse. Diante do perigo nossa performance física não seria capaz de solucionar o problema com calma. 

Mas e quando vivemos em estado de alerta? Sim, para muitos a vida se torna um contínuo estado de alerta, viver cronicamente na ansiedade. E muitos enxergam a vida desta forma, ignorando tal comportamento. Neste ponto crítico, onde a ansiedade é tanta que já não favorece a adaptação, ocorre o esgotamento da capacidade adaptativa, a partir dai o desempenho começa a minguar, caracterizando como "esgotamento". No esgotamento há alterações orgânicas significativas, começando pela hipófise, pelas glândulas supra renais (secretoras de adrenalina e cortisona) e por uma vasta constelação de alterações endócrinas, enzimáticas e eletrolíticas. Psiquicamente a ansiedade crônica ou esgotamento leva a um estado de desanimo e uma espécie de pessimismo, insegurança e medo em relação a vida, além de dores....muitas dores físicas. 

Bom pessoal, gostaria de agradecer aqueles que tiveram a paciência de ler este texto, senti a necessidade de escreve-lo pois muitas pessoas estão passando por isso. Eu já passei e passo. No entanto hoje sou mais consciente de como meu corpo reage diante das situações crônicas de sobrecarga física depois de muito sofrer física e psiquicamente. Como tudo tem que vir para somar....entao taí um pouco da minha ajuda. Abraços a todos!

Rodrigo Lara

Nenhum comentário:

Postar um comentário