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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Ainda sobre o esgotamento

Olá pessoal! No meu último texto escrevi sobre como podemos chegar ao esgotamento. O esgotamento nada mais é que a cronicidade de estar/viver, submetido a comportamentos ansiosos. Esta linha temporal é individual, ou seja, cada um tem seu tempo. Abaixo coloquei um gráfico simples demonstrativo desta condição.




Várias são as condições que podem gerar o esgotamento, como competitividade social, sobrevivência econômica, as perspectivas futuras e uma infinidade de outras ameaças abstratas. Sim, abstratas, pois sua realidade não é a minha, sua forma de solucionar um problema não é a mesma da pessoa que está ao seu lado e por aí vai. 

Nossos ancestrais eram submetidos a situações que os deixavam estressados, ansiosos para solucionar um problema vital. Os animais também são submetidos ao estresse, ansiedade, por exemplo: um cão ao ver o gato. Como o cão é fisicamente mais poderoso, o gato dependendo da cronicidade da exposição se esgotará com mais facilidade. 

Uma característica nos diferencia dos animais e dos nossos ancestrais: nossos conflitos intrapsíquicos são bem estruturados. Bom, a esta questão deixo clara minha falta de domínio em discorrer sobre o assunto, pois suas variáveis externas são abrangentes e uma boa condição de gerenciar nossos conflitos psíquicos pode vir da boa relação do meio onde vivemos, nossa família...até da forma que gerenciamos o que a vida nos mostra durante seu processo.

Conheço muitas pessoas que viveram em meios familiares adversos e adquiriram um grau de sabedoria muito elevado. Independente disto nem sempre temos consciência plena do conflito e muitas pessoas passarão por esta vida sem sequer questionar isto. Interessante saber que pessoas extremamente ativas são pessoas mais predisponentes, se acham muito fortes e consideram a emoção uma coisinha trivial. Nestas pessoas o corpo pode reagir de forma impactante na condição física, deixando-os temporária ou permanente incapacitados, ou até mesmo um morte súbita. O esgotamento pode emergir de duas formas: de situações externas, que fogem ao controle do indivíduo, como a perda de um ente querido, por exemplo, ou de situações internas, questionamentos individuais que fazem parte do ser humano e que, conscientemente ou não, guiam os nossos atos, participam das nossas escolhas. 

O esgotamento na sua forma orgânica "estressa" glândulas supra renais desequilibrando endocrinamente a liberação de adrenalina e cortisona, alteram o ritmo cardíaco, níveis de glicose sanguínea, redução do limiar à dor, e psiquicamente estados de apatia, desinteresse, desânimo e pessimismo em relação à vida. A resposta imunológica também fica bem comprometida deixando-nos vulneráveis a várias patologias. 

Reflito se realmente sou o profissional mais capacitado para discorrer sobre este assunto, embora seja habilitado para tal. Muitos colegas médicos, psicólogos, psiquiatras poderiam discorrer com mais propriedade. No entanto minha preocupação é estar consciente que uma grande população busca vários meios de reduzir seu estresse em academias, muitos procuram fisioterapeutas com queixas múltiplas de dor e necessitam de uma abordagem mais complexa para melhorar sua condição física, sua saúde.

No próximo texto abordarei temas como as dores crônicas miofasciais, Síndrome da fadiga crônica, fibromialgia,esgotamento no atleta, e de acordo com o discorrer deste assuntos veremos formas para combater estes males. Um abraço a todos!!

Rodrigo Lara

Um comentário:

  1. Parabéns Dr Rodrigo muito bom o texto ficarei aguardando o proximo sobre esgotamento no atleta!!!

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