O texto de hoje é da minha amiga Janaína, nutricionista. Ela preparou uma publicação especial sobre como deve ser a alimentação de quem sofre de doenças reumáticas. Espero que gostem!
Alimentação nas doenças reumáticas
As
doenças reumáticas incluem centenas de diferentes manifestações, caracterizadas
principalmente pelos sinais de dor, inflamação, degeneração e inchaço das
articulações.
As
causas da maioria das doenças reumáticas permanecem desconhecidas. Porém,
sabe-se que o padrão alimentar e o estado nutricional do indivíduo influenciam
na intensidade dos sintomas. Por isso, o tratamento nutricional acabou se
tornando um coadjuvante no tratamento geral dessas enfermidades.
Quando
falamos em doenças reumáticas, pensamos nas mais conhecidas, a artrite
reumatóide e a artrose. Em
geral, o paciente que tem artrite reumatóide deve priorizar uma alimentação
variada, contendo arroz, feijão, frutas e verduras frescas, carnes mais magras,
leite e queijos mais brancos, alimentos integrais, com menos açúcar e produtos
industrializados.
Também
é indicado o consumo de ômega-3, pois ajuda a diminuir a agressão da
inflamação. A linhaça e peixes, como atum e sardinha, são as principais fontes. Estudos
indicam que a ingestão de alguns micronutrientes ajuda no tratamento da artrite
reumatóide aguda e crônica. Entre eles temos o boro, mineral contido nas frutas
secas (principalmente a ameixa seca), nas hortaliças e leguminosas, a vitamina
B3, presente no amendoim, açafrão em pó, peixes oleosos, ervilha e o cobre, que
é encontrado nos pães e cereais integrais, frutos do mar, folhas verdes escuras
e miúdos.Também, pacientes com artrite reumatóide parecem apresentar maiores
necessidades de piridoxina, uma vitamina contida em alimentos como: batata,
abacate, banana.
Já
na artrose, a principal diretriz do tratamento nutricional é a prática de uma
alimentação balanceada, a qual promova e mantenha um peso do corpo adequado.
Uma alimentação altamente calórica leva à obesidade, e esse excesso impõe uma
carga adicional às articulações que suportam o peso, sobrecarregando e
desgastando os joelhos, os pés, os quadris e a coluna. Uma dieta com mais alimentos integrais, vegetais crus, com
menos açúcar e produtos industrializados apresenta bons resultados. Alguns
estudos indicam que a ingestão de antioxidantes reduzem o risco de progressão
da doença, como as vitaminas C, E e beta-caroteno. Vitamina D, B6, ácido
fólico, cálcio e ômega-3 também são outros nutrientes que ajudam no retardo da
progressão da enfermidade.
Janaina Machado dos Santos – CRN 5563
Nutricionista. Trabalha com atendimento clínico. Pós Graduada em Gestão de
Unidades de Alimentação e Nutrição e pós graduando em Saúde Pública com
ênfase em Saúde da Família.
Contato: (37) 9108-4658
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