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terça-feira, 20 de agosto de 2013

O método Kinesio Taping

Olá pessoal! Hoje vou falar um pouco sobre um método que utilizo nas clínicas onde trabalho e que sempre apresenta ótimos resultados: o Kinesio Taping.

Vocês já devem ter visto na TV muitos atletas usando aquelas bandagens coloridas que são aderidas à pele. Essas bandagens elásticas possuem propriedades diferentes de outras bandagens esportivas. Elas são aplicadas com a finalidade de reduzir linfoedemas, edemas articulares decorrentes de entorse, e outras patologias que comprometem determinada região. 

O objetivo é reduzir a atividade neuromuscular ou facilitar a ativação de músculos que necessitam ser recrutados. A aplicação da bandagem irá facilitar o retorno venoso e linfático, otimizando a circulação no local e ajudando no processo de recuperação da área comprometida. O método pode ser associado a outras terapias utilizadas no processo de reabilitação do paciente. 


É muito importante o profissional estar capacitado para saber como ele irá utilizar a técnica, pois existem nuances no critério de aplicabilidade terapêutica. O sucesso da aplicação do método só será alcançado se o profissional estiver ciente desses critérios. No Brasil, o maior responsável pela instrução do método Kinesio Taping é o fisioterapeuta Thiago Vilela Lemos.

O criador do método, Dr. Kenzo Kase, esteve no Brasil no mês passado para o I Congresso Brasileiro do método Kinesio Taping. O evento foi realizado em São Paulo. Na ocasião, ele foi entrevistado pela equipe do canal Fisio.TV, um portal excelente para os profissionais da área. A entrevista pode ser assistida clicando no link abaixo:




Espero que tenham gostado do texto de hoje. Se quiserem mais informações, é só deixar um comentário.

Um abraço,

Rodrigo Lara

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Lesões no ciclismo - parte 2

Bom dia amigos! Hoje é dia de ler a segunda parte do estudo do meu amigo Guilherme Branco sobre as lesões no ciclismo. Espero que gostem. E mais uma vez, obrigado pela parceria e confiança Guilherme!

Lembrando que as inscrições para o curso sobre Lesões no Esporte estão abertas. os detalhes você encontra na publicação anterior a essa.

Um abraço a todos!

Rodrigo Lara

LESÕES NO CICLISMO – PARTE II

As lesões por sobrecarga (overuse) também podem acometer os ciclistas. Vale ressaltar que quando é feita referência a lesão, esta pode ser desde um desconforto local até uma alteração estrutural identificável clinicamente ou através de exames laboratoriais e de imagem.
De uma maneira geral, estas lesões além de poderem estar ligadas a fatores físicos do ciclista, possuem uma relação íntima com os seus padrões de movimento durante a pedalada. Assim, assumir posturas incorretas na bike ou realizar movimentos que provoquem mais sobrecarga nas estruturas corporais podem gerar lesões nos pés, tornozelos, joelhos, quadris, coluna, punho e mãos.
Para abordar estas lesões de maneira eficaz e diferenciada, com foco na sua prevenção e na sua recuperação, faz-se fundamental a identificação de fatores de risco ou mesmo causais. Desse modo, a otimização da prática e do desempenho será obtida.
Cada uma das regiões passíveis de apresentação de queixas dolorosas relacionadas à prática do ciclismo pode apresentar fatores principais que podem estar relacionados ao risco ou à contribuição para sua ocorrência.



Tornozelo-pé
A incidência de lesões por sobrecarga/crônicas (overuse) ao complexo do tornozelo-pé é baixa e geralmente se relaciona à interface entre o pé do ciclista e o pedal. Fatores associados ao design da sapatilha, design do pedal e mesmo altura do selim devem ser examinados se algum desconforto ocorre.  É interessante que as alterações estruturais dos pés, identificadas através da análise do padrão da pisada e do alinhamento de suas estruturas, podem ter uma repercussão maior sobre a movimentação dos joelhos e, consequentemente, sobre queixas dolorosas nos joelhos do que sobre lesões específicas sobre o tornozelo ou o pé. Nestes casos, o adequado posicionamento dos tacos da sapatilha e o uso de palmilhas biomecânicas podem ser eficazes para prevenir, controlar ou solucionar lesões.

Joelhos
O fator primário influenciando a dinâmica do joelho e a subsequente sobrecarga do mesmo é o fit (adequação) entre o ciclista e a bike. Isto inclui o alinhamento entre a sapatilha e os tacos, altura e o avanço-recuo do selim, bem como as posições aerodinâmicas adotadas. Fatores secundários incluem técnicas individuais de pedalada, variações estruturais e assimetrias anatômicas apresentadas pelo ciclista. Estas assimetrias estruturais necessitam de adaptações individuais no ajuste da bike e modificações seletivas nos componentes dos equipamentos.

Quadril
Este é o local mais comum de abrasões superficiais (ralados) relacionadas a acidentes. Já as lesões por sobrecarga (overuse) são raras. Sugere-se que quadros de dor lateral no quadril possam ser desenvolvidos como resultado de um selim muito alto. Como poucos ciclistas conseguem manter o selim alto por períodos prolongados, talvez isso possa contribuir para o baixo índice de registros de lesões no quadril.

Lombar
A coluna lombar é um foco importante de queixas dolorosas no ciclismo. Apesar de a dor lombar ser uma queixa mais branda em termos de intensidade, é a que gera maior quantidade de cuidados médicos. Enquanto algum grau de desconforto lombar possa ser considerado como uma parte normal do esporte, mais de 1 em 5 ciclistas relatou que a dor lombar causou redução no desempenho esportivo. Além disso, uma significativa maior porcentagem de ciclistas relatou sintomas em longo prazo (1 mês) e 1 atleta finalizou sua carreira profissional devido a dor lombar. Fatores como inclinação inadequada do selim, alcance ao guidão muito longo e desnível entre o selim e guidão demasiado, bem como diferenças no comprimento dos membros inferiores, podem ser importantes geradores ou contribuintes para esta condição.

Cervical
Terceira região mais comum de queixas dentre os ciclistas, a região cervical (pescoço) pode ser bastante sobrecarregada com a prática do ciclismo. As principais causas de desconforto e dor nessa região são grande desnível entre o guidão e o selim e, principalmente, alcance ao guidão excessivo, especialmente quando o ciclista assume posições aerodinâmicas.

Membros superiores
A principal queixa para os membros superiores se concentra na região dos punhos e das mãos, para os quais a queixa comum é a dormência, geralmente com aparecimento após períodos mais prolongados de prática. Selim demasiadamente inclinado para baixo, desnível grande entre o selim e o guidão, inadequação da inclinação das manetes de freio e manutenção dos punhos estendidos (dedos acima da linha do punho) durante a prática podem se relacionar a estas queixas.
Em geral, quando é identificada uma lesão em ciclistas, a compreensão dos fatores biomecânicos, ou seja, dos fatores fisiológicos e mecânicos básicos envolvidos no pedalar deve ser obtida. O empecilho para a aplicação da biomecânica ao ciclismo é que o complexo enorme de variáveis físicas e mecânicas está completamente inter-relacionado. O sistema como um todo considerado conjuntamente – posição na bike, geometria do quadro, tamanho do pedivela, cadência, potência produzida, velocidade, intensidade e volume do treinamento – é tão inter-dependente que se uma variável for modificada, isto afetará inúmeras outras, fazendo do estudo de uma variável isoladamente algo praticamente impossível.
Se você apresenta alguma queixa ou não quer que elas apareçam, procure um especialista esportivo para realização de uma análise detalhada dos dois grupos importantes de variáveis: corporais e mecânicas. Desse modo você garantirá desempenho otimizado e aumentará sua “vida útil” na prática esportiva mais segura e confortável.

Dr. Guilherme Ribeiro Branco
Fisioterapeuta
CREFITO-4 / Nº 70407-F
Especialista em Fisioterapia Esportiva
SONAFE 272

Sócio-diretor e Fitter BIKE FIT BH

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Curso Lesões no esporte e seus tratamentos: prática baseada emevidências

Bom dia amigos! Minhas semanas estão voando! Tem sobrado só um tempinho para publicar na sexta-feira. Mas vamos começar a postar aqui com mais frequência. Outros projetos também estão a caminho, por isso a falta de tempo. 

Escrevo hoje para comunicar sobre o curso que será realizado em Divinópolis em outubro. Depois do sucesso que foi o curso de Quiropraxia, resolvemos trazer um curso bastante focado na fisioterapia esportiva.  

Assim estamos trazendo o fisioterapeuta Dr.André Nogueira Ferraz, especialista pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia. André é sócio-diretor da Acuphisio Sport, clínica de São Paulo com foco na fisioterapia esportiva e acupuntura. 


O curso intitulado LESÕES NO ESPORTE E SEUS TRATAMENTOS: PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS, tem como objetivo o estudo das lesões mais comuns e quais as avaliações mais adequadas para analisar os quadros de lesão. Também estudaremos sobre a eletroacupuntura e a técnica de agulhamento seco (dry needling).

Serão dois dias de curso com muita informação e prática das avaliações e tratamentos. Abaixo, o nosso flyer com mais informações.




As vagas são limitadas e exclusivas para profissionais da fisioterapia.

Um abraço,

Rodrigo Lara